Um dos meus
interlocutores favoritos para assuntos carijós definiu, com acerto, uma
expressão síntese do momento vivido pelo Tupi nas três primeiras rodadas da
série C do Brasileirão. A lanterna acesa na tabela decorre do conjunto
da obra, de uma série de causas extracampo que já listei na coluna anterior.
Alguns dos problemas, já superados, trouxeram uma melhoria na atuação coletiva
e em atuações individuais. Do jogo em Madureira, segundo relatos da imprensa e
de torcedores presentes, foi possível observar uma evolução, que não tenho
dúvidas, será gradativa. O gol sofrido, de contra ataque, foi considerado
apenas erro de detalhe, do jogo. A proposta de Moacir de reposicionar
corretamente Leo Salino, mais recuado, como volante, deu resultado, e, no
primeiro tempo, o Madureira pouco ameaçou com a eficiente marcação carijó.
Outra modificação acertada foi a iniciativa de reforçar a criação do time com a
função de Allan e Michel Cury e o fim do isolamento tático de Ademilson no
ataque. Fabinho jogou aberto no setor esquerdo e o Tupi perdeu sucessivas
chances de abrir o placar. A defesa esteve mais segura com Silvio e Adalberto,
que substituiu bem ao titular, Wesley Ladeira, suspenso. O time só não rendeu
melhor pelo péssimo estado e dimensões do campo, difícil de jogar trabalhando a
bola como se deve. No segundo tempo, as mexidas e a leitura do jogo feitas pelo
treinador carioca fizeram o Madureira reagir, pressionar o Tupi e provocar o
recuo excessivo do time carijó. O 1x0, segundo relatos, foi injusto, pelo
empenho, pela vontade de acertar, vencer e superar a má fase. Moacir fez mudanças, adicionou atacantes, tentou o empate, em vão. Ao acreditar que
a reação do Tupi virá do campo de jogo, recuso a intromissão do surto explicito
de amadorismo e incompetência, assalto ao CT, tiroteios na favela próxima ao
estádio e outras desculpas no enredo da lanterna acesa. Apreciei a intervenção
do vice de futebol, repelindo mudanças de treinador e seu discurso de
chamamento à confiança de todos em superar a má fase. O próximo duelo, contra o
Caxias-RS, em Juiz de Fora, já abre uma chance real de reabilitação e dos
primeiros três pontos na tabela para o Tupi. Espero que a semana seja de muito
trabalho e conversas produtivas para a correção de defeitos que ainda persistem
no jogo carijó. A confiança está voltando, pegando no tranco, como aconteceu no
Campeonato Mineiro. Sábado, estarei presente para conferir de perto e apoiar.
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