CONTATO

EMAIL
SCITUPI@R7.COM
TWITTER
@BOTTITFC1

Equipe

Otávio Botti
Editor
Postador de Notícias

Marco Lima
Colunista
Colaborador

domingo, 29 de abril de 2012

Parceria SCI e Painel Tático - Análise tática de: Atlético-MG 1 x Tupi 0

Ontem, mesmo com a eliminação do Tupi, senti um orgulho tão grande quanto a raça demonstrada pela equipe em campo! Moacir Júnior foi perfeito na escolha do sistema tático e na propositura da estratégia, faltando muito pouco para seu merecido êxito. Taticamente, o comandante Carijó postou a equipe num compacto 4-4-1-1, com duas linhas de quatro e George fazendo a lateral esquerda. No que concerne à estratégia, essa era o contragolpe em sua essência. Vejamos o desenho tático do duelo:



Moacir compactou muito bem as duas linhas de quatro, deixando somente Ademilson na frente. Michel Cury jogava um pouco a frente da segunda linha, mas também compunha o setor de marcação, formando por vezes uma linha de cinco marcadores. Com a posse da bola, Allan e Henrique tentavam partir em velocidade pelas laterais, formando uma espécie de 4-2-3-1 circunstancial e montando especialmente para o contra-ataque.
Ontem tive o prazer de assistir o jogo ao lado do grande Marco Lima, um apaixonado pelo Tupi e grande entendedor das táticas e estratégias do futebol. Marco é um prazer ter um texto seu aqui no Painel Tático! Essa foi a opinião sempre precisa e inteligente de Marco Lima:

“Foi uma experiência positiva, um aprendizado, acompanhar a semifinal de Atlético e Tupi ao lado do editor deste Painel, Victor Oliveira. Moacir propôs um primeiro tempo amarrado, cadenciado, de muita marcação em cima do adversário, preso em seu campo, atrás da linha da bola, compacto, sem iniciativa de ataque. Victor e eu identificamos um 4-2-3-1 (quando o Tupi tinha a posse) que foi eficiente para enervar o time de BH e provocar vaias e protestos de sua torcida, na saída para o intervalo. O inicio de segundo tempo do Tupi foi animador, de domínio, envolvimento, de criação, de jogo fluindo no contra ataque preciso, até o último passe, a finalização, o fundamento que foi determinante para faltarem gols e a vitória tão esperada. O Atlético fez boas mexidas, equilibrou o jogo e achou o gol, aos 26m, cabeçada de André. Moacir tentou provocar a virada, com mexidas ofensivas e tentando manter a marcação. O principal defeito e algumas virtudes, que devem ser preservadas, deram o tom da exibição carijó em Sete Lagoas. O time do Tupi precisa melhorar a pontaria, fazer a bola entrar no gol. Simples, obrigatório, exigível. Gostei da saída de bola, passes curtos, bem trocados, até a intermediária contrária. Atuações individuais e o jogo de equipe, dignos de elogios. Rodrigo, goleiraço, impecável, merecidamente reconhecido como o melhor da competição. Vimos pela TV um time guerreiro, digno de aplausos e reconhecimento. Teremos um breve recesso, de muito trabalho e muitas esperanças no caminho da série B, próximo objetivo do nosso galo carijó”.

Também gostei muito do que Dudu Kaehler comentou em publicação no Facebook na página do Tupi, respondendo a algumas críticas quanto a postura do time em Sete Lagoas feitas por alguns torcedores:

“O Tupi fez o que poderia. Volto a falar, tratam o Tupi como se fosse o Barcelona. Sempre esquecem que o Tupi tem uma das menores folhas salariais do interior, sempre esquecem que o Tupi joga contra 12 sempre, sempre esquecem que o Tupi TAMBÉM TEM SEUS DEFEITOS!! O Tupi não foi covarde. O time foi GUERREIRO, muito guerreiro, que honrou nossa camisa desde quando começaram a treinar pra competição. O Atlético tem um time melhor que o nosso, e tem jogadores que nos ofereceram muito perigo. Se o Tupi sai com tudo pro ataque, aí que perderiamos de goleada. O Tupi tentou e perdeu 4 chances claras”.

Tenho convicção de que o Tupi soube jogar a partida contra o Atlético. O Carijó jogou como podia e se saiu muito bem no seu propósito de trancar o jogo e partir no contragolpe. O time juiz-forano segurou o Atlético na primeira etapa, deixou a torcida deles inflamar contra sua própria equipe e bravamente honrou sua camisa até o último minuto.
O Tupi teve duas grandes chances no início da segunda etapa, com Michel Cury em contra-ataque e Salino chutando no travessão de fora da área. Se o time fizesse o gol no início arrasador da etapa complementar, com certeza estaríamos comemorando a classificação. O Galo Carijó lutou, jogou com raça, entendendo suas limitações e vendendo caro a vaga para a final. Se faltou alguma coisa, foi sorte.
Parabéns para todos os jogadores, para a comissão técnica, para a diretoria e para todos nós, torcedores apaixonados do Tupi, time e bandeira de nossa cidade. O Galo acertou na tática, na estratégia e na decisão de honrar a camisa que veste! Aguardo seu comentário!

0 comentários

Postar um comentário