Como sabido, no mundo do futebol é fácil criticar, ainda mais diante das derrotas. Tenho elogiado muito o trabalho de Moacir no Galo, afinal é um treinador dotado de inteligência tática, assim como possuí capacidade ímpar de unir o grupo em torno de um objetivo. Como já comentei, em pouco tempo Moacir deu padrão tático ao time, valendo-se de vários desenhos táticos. Já usou o 4-2-2-2, o 4-4-2 losango, o 4-2-3-1, o 3-5-2 e o 4-5-1, sendo o último, o escolhido para os dois últimos jogos do Tupi, contra América e Democrata, ambos fora de casa.
No jogo anterior contra o América, em Sete Lagoas, Moacir pela primeira vez optou pelo 4-5-1. O jogo era contra uma equipe forte, terceira maior folha salarial da competição, além de ser fora de casa. Na oportunidade o aludido esquema funcionou, proporcionando ao Tupi volume de jogo ofensivo e equilíbrio no setor defensivo, fatores que contribuíram para a conquista da vitória. Contra o fraco Democrata, praticamente fadado ao rebaixamento, novamente o treinador apostou no 4-5-1, levando o Carijó a campo da seguinte forma:
O Tupi tomou um gol logo aos 16 minutos do primeiro tempo e não se abateu. Empatou com Henrique sete minutos depois, que por pouco não marcou o gol da virada. Foi o quarto gol do baiano na maior competição do futebol de Minas. O Galo tentou manter a posse de bola e dominar o meio, mas a corda no pescoço empurrava a Pantera para o campo de ataque.
No segundo tempo o Tupi foi enlatado pelo Democrata em seu campo de defesa, conseguindo a equipe de casa seu segundo gol aos 21 minutos, em lindo voleio de Leandro Bocão. Depois disso, na base do desespero, o comandante Carijó tirou Michel e Salino e colocou Ulisses e Jefferson, na tentativa de encurralar o Democrata no campo de defesa. Os dois entraram bem, o Galo teve boas chances, mas infelizmente o gol não saiu. O Tupi perdeu, mas continua de cabeça erguida, afinal está praticamente classificado. Moacir e o elenco, pela raça e dedicação, tem muito crédito com a torcida. A mordida da pantera não machucou o Carijó, guerreiro juizforano.
Porém, em minha opinião, Moacir errou na escolha do esquema. Era sabido que o Democrata, desesperado pela degola, partiria para cima do Tupi, que não poderia ficar acuado no campo de defesa. No primeiro tempo o sistema até que funcionou, mas na segunda etapa somente contribuiu para retrair a equipe. Pela diferença tática e técnica das duas equipes, esperava ver o Tupi mais ofensivo e incisivo contra o frágil e desesperado Democrata. Concordam? Aguardo a opinião de vocês. Galooooooooooo!!!
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