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domingo, 19 de agosto de 2012

Parceria SCI e Painel Tático - Oeste 1 x 0 Tupi

Criticar depois da derrota é fácil e oportuno. Porém, resolvi assumir minha opinião. Acho interessante esse 4-2-3-1/3-5-2 idealizado por Surian. Antes de começar o jogo gostei da formação, elogiei o propósito do treinador e acreditava que o Carijó fosse ganhar os três pontos. Não era confiança de torcedor, era um otimismo que tinha como base uma formação tática interessante. Ficaram visíveis as compensações táticas que Felipe Surian criou com o objetivo de melhorar os erros da equipe.
No painel tático abaixo está demonstrado o híbrido 4-2-3-1/3-5-2 de Surian. A primeira compensação tática foi escalar Fabrício Soares como um “falso lateral”, como muito bem descrito por Bruno Ribeiro. Este, aliás, antecipou na quarta feira, no Globo Esportivo, a escalação de Soares e Michel pelo flanco esquerdo. A intenção de prender Fabrício era soltar Alex pela direita, uma das forças ofensivas do time. Para fazer o balanço ofensivo, Michel ficou mais livre para avançar pelo corredor esquerdo do tablado. Esse foi o desenho tático e a movimentação base do Tupi na sexta feira:



Sem a bola o Tupi jogava num típico 4-2-3-1. Com a pelota nos pés, o Carijó formava um verdadeiro 3-5-2 com Fabinho fazendo o segundo atacante pela direita. Na cabeça de área, uma fórmula que vem dando certo: George mais preso e Salino saindo para acelerar a transição da bola entre a defesa e o ataque. Analisando friamente o esquema tático e as intenções de Surian, creio que com os jogadores disponíveis esse esquema hibrido foi uma boa opção. Os problemas, na verdade, foram mais técnicos e circunstanciais do que realmente táticos.  
O primeiro grande problema, como ressaltado no título do texto, foi a dimensão diminuta do campo. Lembrando um “estrelão” de jogar botão, o espaço curto embolou os jogadores e prejudicou a equipe mais técnica que era o Tupi. Além disso, na transmissão da Rádio Globo, Marco Aurélio informou que o time paulista estava postado com três zagueiros fixos, o que também dificultou as jogadas laterais do Carijó. Com o meio congestionado, era sabido que a partida se decidiria num escanteio, numa bola parada ou num chute de fora da área.
O chute a gol, aliás, foi outro grande problema para o time juiz-forano. Primeiro porque foi com um balaço de fora da área que Hudson abriu o placar para o Oeste. E também porque o Tupi não chutou ao gol, tentando trabalhar a bola, insistentemente, na “boleira” que se formou em campo. No primeiro tempo, apesar de sair perdendo, o Galo teve alguns pontos positivos. Salino continua jogando muito bem de segundo volante, afinal tem marcado muito e saído constantemente para auxiliar a criação de jogadas. Alex apoiou bastante e sempre foi uma opção pelo lado direito. A categoria de Hugo, demonstrada no seu fino toque de bola, foi outra boa notícia. Todos sabemos que o elenco estava carente desse legítimo meia de criação.
No segundo tempo, acho que Surian acertou novamente no plano tático. Com as saídas de Soares e Hugo, e as entradas de Cassiano e Henrique, formou-se um verdadeiro e ofensivo 4-3-3. O Galo, sem se intimidar, partiu para cima do Oeste, todo fechado e fazendo “cera” para conseguir o resultado. Porém, quando o Tupi pressionava e chegava perto do empate, Ademilson, num lance infantil, prejudicou todo o time ao ser expulso por flagrante imprudência. O capitão me decepcionou nessa. Acreditava que ele marcaria os gols da vitória, mas na verdade foi o contrário. Contudo, Ademilson é profissional e um dos ícones da história Carijó. Ainda tem o segundo turno para nosso capitão recuperar seu bom futebol.
A única coisa que eu teria feito diferente, em relação ao time inicial escalado por Surian, seria a escalação de Henrique no lugar de Michel. Acho que Fabinho pela esquerda e Henrique pela direita, com Hugo centralizado, daria mais peso ofensivo para o time. Michel não vive um bom momento e não tem conseguido contribuir ofensivamente para a equipe. Outro problema, por fim, é a ausência de mais presença de área. Apesar do esforço tático de Surian, Ademilson continua isolado. Isso porque Fabinho, apesar de ter feito o segundo atacante, joga muito aberto, praticamente como um ponta, o que deixa Ade perdido entre os dois ou três zagueiros do adversário.
Eu, no lugar de Surian, não desistiria desse esquema híbrido sem antes testá-lo em casa no sábado, contra a Chapecoense. Como citado, eu faria duas alterações para melhorar o time do Tupi. No meio, colocaria Henrique pela direita, jogando pelas alas e centralizando para auxiliar Hugo na criação. Na esquerda, colocaria Fabinho não somente de ponta, mas também com a incumbência de encostar-se ao homem de área que irá jogar na ausência de Ademilson. Também colocaria Daniel para testar o comportamento da equipe, nesse esquema, com um jogador eminentemente de área.
No mais, ainda acredito, tenho gostado do trabalho de Surian e acho que trocar de técnico, agora, só prejudicaria o time. O resultado contra o Oeste não descreveu a partida e ainda temos o segundo turno pela frente. Quando não me agrada eu critico, às vezes até pegando pesado. Porém, eu gostei do esquema e até defendo sua repetição aqui em Juiz de Fora. O que falta são ajustes e um pouco mais de competência e sorte. Vontade e trabalho não estão faltando. Abraço!

Victor Lamha de Oliveira

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