ISSO AQUI É TUPI, UAI!!
Um domingo de sol em Juiz de Fora, jogo festivo,
clima tenso, de decisão, de final de Copa do Mundo para o Tupi e um estorvo
para o Atlético, preocupado em não perder a liderança e em ambiente tenso, após ceder o empate no último clássico contra o Cruzeiro.
Cuca, sob desfalques, improvisou um time sem graça, com uma mistureba de
zagueiros e volantes envolvidos pelo entusiasmo do Tupi no primeiro tempo. O
zero no placar foi injusto para o time carijó, com o carnaval de Henrique e
Salino pelo setor direito e as duas chances de gols desperdiçadas por Ademilson
e Salino. No intervalo Cuca sacou Rafael Marques e Escudero, na tentativa de
equilibrar o jogo. Neto Berola e Lima entraram na equipe para organizar o
desarranjo inicial, sem sucesso. Nem sombra do Galo esfuziante no ataque.
Cientes dos resultados de Nova Serrana e do Castor Cifuentes, Tupi e Atlético
pisaram conjuntamente no freio, diminuíram o ritmo e sob algumas vaias gastaram
boa parte do segundo tempo trocando passes no meio campo, sem ameaças de gols.
Confesso que, como torcedor, fiquei irritado e insatisfeito, mas, boleiro que
sou, desde os anos 70, rendi-me ao ritual da necessidade de um time como o
Tupi, calejado por eventos anteriores (oi, Condé!) colocar o regulamento de uma
competição debaixo do braço e jogar em função dele. Fim de primeira fase. Termina
mais uma saga típica do Tupi 100 anos. Partimos do zero ponto, do zero gol, das
trevas da zona do rebaixamento para as luzes da festa do G4, das semifinais do
Mineiro. Que venham mais duas doses de Tupi e Atlético. Agora pra valer, a
busca é de uma vaga na decisão, uma façanha inédita para o Tupi, possível, já
conseguida no passado recente por Caldense e Ipatinga. A belíssima festa dos 15
mil presentes no jogo de ontem nos encoraja a tentar voos mais altos na espaço
aéreo do futebol. Agora é hora de concentração, de boca fechada e moderação.
Que os guerreiros contenham a justa euforia e a deixem em nossas mãos. Domingo,
22 de abril do ano do centenário. Começa a caminhada do Tupi, de Juiz de Fora,
da Zona da Mata, do interior de Minas rumo à decisão do Campeonato Estadual.
Falidos, ultrapassados, sem graça, fadados ao fracasso e a mesmice são os
outros. O nosso é puro êxtase, alegria vinda das arquibancadas e tribunas de
imprensa, compromisso, vontade e união, do campo de jogo.


1 comentários
Sensacional sua Crônica meu amigo, somos Tupi, não é sem motivos, uai!
Postar um comentário